Frequência de dores osteomioarticulares em profissionais do transporte público de São Luis-MA
Resumo
Introdução: Os profissionais que trabalham com o transporte coletivo podem ser afetados por agentes físicos, químicos e biológicos que levam a implicações nos âmbitos orgânico-psicológico, podendo ocasionar múltiplas manifestações no sistema musculoesquelético, as patologias relacionadas à saúde ocupacional parecem estar intimamente ligadas a fatores intrínsecos ao ambiente do trânsito. Objetivo: Estimar a frequência de dores osteomioarticulares em motoristas do transporte público da cidade de São Luís - MA. Material e Método: Trata-se de um estudo de caráter quantitativo de delineamento transversal, a ser realizado com uma amostra de 38 cobradores e motoristas de uma empresa de ônibus atuante na cidade de São Luís-MA. Os dados foram obtidos através de questionários abordando informações sócio demográficas e ocupacionais dos participantes e também do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). As variáveis qualitativas foram apresentadas por meio de frequências absolutas e percentuais. Os dados foram digitados e analisados no SPSS 18.0. Resultados: A frequência de dores osteomioarticulares é de 92% em profissionais do transporte coletivo de São Luís-MA. O perfil é majoritariamente do gênero masculino (63%), com idade média de 47,9 anos, sendo que 87% possui ensino médio completo e 61% estado civil casado. Os fatores mais estressantes no desempenho da atividade do transporte público é o transito (42%). Dentre os profissionais apenas 29% relataram praticar algum tipo de atividade física, enquanto que dentre as doenças pregressas a mais prevalente vou a hipertensão arterial (42%). A região lombar foi a mais frequente dentre os motoristas que relataram algum tipo de dor (85%). Conclusão: Pode-se concluir que é elevado o número de profissionais que são acometidos pela sintomatologia dolorosa e que a região lombar é o principal sítio de acometimento.
Palavras-chave: Dor musculoesquelética, trabalho, saúde ocupacional.
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DOI: https://doi.org/10.24863/rib.v8i1.27
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