Perfil dos gestores de Unidades Básicas de Saúde em São Luis-MA

Emanuelly Souza Coelho, Denise Carneiro Machado Cortez, Cianna Nunes Rodrigues, Francisca Maria Ferreira Noronha, Lilia de Cássia Piedade Santiago

Resumo


A gestão em saúde é um dos temas que tem convergido a partir das mudanças preconizadas pelo movimento da Reforma Sanitária e que desembocaram na construção do Sistema Único de Saúde, enfocando principalmente na qualidade da gestão dos serviços. Objetivou-se conhecer o perfil dos gestores de Unidades Básicas de saúde em São Luis-MA. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado no período de abril e maio de 2012 nas Unidades Básicas de Saúde, contou com uma amostra de 32 gestores das US. A coleta de dados foi através de um questionário elaborado pela autora, aplicado durante o turno matutino em visita na Unidade. A análise dos dados foi feita com o auxilio do programa Excel 2007, e os resultados expostos em tabelas e gráficos para melhor compreensão. Respeitando-se os aspectos éticos e os critérios da Resolução CNS 196/96. Identificou-se neste estudo que 59% dos gestores são do sexo feminino, quanto à faixa etária 44% tem entre 31 e 40 anos, 44% são casados/união estável. Quanto à formação, 69% dos gestores são enfermeiros, 34% estava formado entre 6 e 10 anos, 72% dos gestores não participaram de treinamentos para assumir a gerência, 34% já haviam participado de cursos que contribuíram para o desenvolvimento de suas atividades gerenciais. Desses, 64% informou cursos de Gestão, 38% dos gestores estão na direção da US entre 4 e 6 anos, 81% dos gestores das US informaram cargo por indicação política e 66% dos gestores estudados nunca tinham tido experiências anteriores com administração/gerência. A complexidade do setor exige conhecimento de gestão específica, objetivando uma tendência a tornar o setor mais profissional ensejando uma melhora na prestação de serviços.

 

Palavras-chaves: Perfil. Gestor. Unidade de Saúde.


Texto completo:

PDF

Referências


Coelho, R. Perspectivas de Inserção do Profissional de Serviço Social nas Equipes Básicas do Programa Saúde da Família. 2006. Tese (Graduação em Serviço Social), UFRJ, Rio de janeiro.

Costa, N.R; Pinto, L.F. Piso da Atenção Básica: mudanças na estrutura. In: Negri, B; Viana, A.L.D organizadores. O Sistema Único de Saúde em dez anos de desafio. São Paulo: Sobravime; 2002. p. 271-98

Ferreira, J. S. Gerenciamento na Atenção Primária à Saúde: potencialidades e desafios vivenciados pelos gestores. Disponível em www.sbpcnet.org.br/livro/63ra/conpeex/pivic/.../JOYCE_SA.PDF. Acesso em 02 de março de 2012.

Merhy, E. E. Um dos grandes desafios para os gestores do SUS: apostar em novos modelos dede atenção. IN: Merhy, E. E. et al. O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. São Paulo: HUCITEC, 2003.

Starfield, B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unesco Brasil, Ministério da Saúde; 2004.

Davel, E.; Melo, M. C. de O. L. Gerência em ação: singularidades e dilemas do trabalho gerencial. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.

Ruano, A. Gestão por competências. Editora Qualitymark, 2003

Passos, JP; Ciosak, SI. A concepção dos enfermeiros no processo gerencial em uma Unidade Básica de Saúde. Rev Esc Enferm USP 2006; 40(4):464-8. www.ee.usp.br/reeusp/acesso em 01.03.2012.

Taraboulsi, F. A. Administração de hotelaria hospitalar. 16 ed. São Paulo: Atlas, 2006.

Magalhães, A.M.M; Duarte, E.R.M. Tendências gerenciais que podem levar a enfermagem a percorrer novos caminhos. Rev Bras Enferm. 2004; 57: 408-11.

Fontinele Júnior, K. Administração hospitalar. Goiânia: AB, 2002.

Januário, J.J.H. Factores que podem influenciar os Indicadores de performance (Indicadores de Gestão Hospitalar). Tese de Mestrado, Lisboa, 2009.

Mezomo, J. C. Gestão da qualidade na saúde. Princípios básicos. São Paulo: 2001

Laverde, P. Administração hospitalar. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

Alves, M.; Penna, C.M. de M.; Brito M.J.M.; Perfil dos gerentes de Unidades Básicas de Saúde. Rev Bras Enferm, Brasília (DF) 2004 jul-ago;57(4):441-6.

Malik, A. M.; Teles J. P. Hospitais e programas de qualidade no Estado de São Paulo. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.41, n.3, p.51-9, jul.set.2001.

Cattani, A.D. Trabalho e tecnologia. Dicionário crítico. 3ª ed. Petrópolis(RJ): Vozes;2000.

Nóbrega, M.de F.B.; Matos, M.G.; Silva, L.M.S.da; Jorge, M.S.B. Perfil gerencial de enfermeiros que atuam em um hospital público federal de ensino. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2008 jul/set; 16(3): 333-8.

Silva, S.F. Municipalização da saúde e poder local: sujeitos, atores e políticos [tese]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo; 2001.

Brasil, Ministério d Saúde. Relatório das Conferências Nacionais de Saúde. Ministério da Saúde. Brasília - DF: 2005.

André, A.M.; Ciampone, M.H.T. Competências para a gestão de Unidades Básicas de Saúde: percepção do gestor. Rev Esc Enferm USP, 2007; 41(Esp):835-40. www.ee.usp.br/reeusp.

Laranjeira, S. M. G. Qualificação (verbete). In A. D. Cattani (Org.), Trabalho e tecnologia: dicionário crítico. Petrópolis: Vozes. 2000.




DOI: https://doi.org/10.24863/rib.v7i1.19

Apontamentos

  • Não há apontamentos.