QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES MASTECTOMIZADAS

Cinara Regina Aragão Vieira Monteiro, Aline Raquel Brito Paiva

Resumo


Introdução: O câncer de mama é a neoplasia de maior incidência entre as mulheres e com alto índice de mortalidade. A mastectomia é uma abordagem terapêutica cirúrgica eficaz, porém pode proporcionar sequelas na qualidade de vida nas pacientes. Objetivo: Avaliar qualidade de vida em mulheres mastectomizadas. Materiais e Métodos: Foi aplicado um questionário em pacientes atendidas em um hospital de referência em oncologia, contemplando dados clínicos e sócio-demográficos e o SF-36 para avaliação da qualidade de vida. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Ceuma. Resultados: A faixa etária mais acometida foi de 51 a 60 anos (32,5%), mulheres de raça branca (47,5%), com grau de escolaridade de nível médio (45%) e profissionais da lavoura (25%), acompanhadas no setor ambulatorial do hospital (97,5%). O lado mamário esquerdo foi o mais acometido (40%) e o tratamento mais realizado foi a associação da quimioterapia com a cirurgia (55%). O domínio de qualidade de vida mais comprometido foi o de limitação por aspectos emocionais associado ao tipo de cirurgia, em particular a mastectomia total (p<0,05). Conclusão: Tais resultados reforçam a necessidade de uma reabilitação globalizada das pacientes no pós-operatório de mastectomização.

Palavras-chave: Câncer de mama, mastectomia, qualidade de vida.


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DOI: https://doi.org/10.24863/rib.v10i1.171

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